quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Neste momento de silêncio, me acomete uma sensação de fraqueza e estranheza. Os meus passos já não são precisos como outrora e minha alma tem tantos gritos a oferecer que até o inferno se assustaria. Perdi todas as chaves do caminho e pareço agora ser feito tão só de pó. Talvez, eu só quisesse que tudo fosse diferente e que eu não me afligisse tanto com o barulho do mundo. Infelizmente busco respostas e às vezes o silêncio faz mais estragos do que qualquer palavra - e é aí que me isolo. Quem dera ter nas mãos a infância e um pouco da inocência que fazia de alguém meu herói, exemplo e amigo. Não tenho nada mais, ninguém é suficientemente capaz de refazer meus pedaços e chorar já virou bobagem. Lágrimas não me justificam e também não mudam nada quando o coração está em pranto e a ansiedade percorre o corpo inteiro. Uma vontade de sair correndo e tornar tudo que tenho de esperança - ilusória ou não, na minha companhia. Sequer isso hoje, consigo. Enquanto o peito arde, os olhos estão cansados, a beleza da vida é cada vez mais escassa e o que parecia verdadeiramente sagrado, de repente não é mais. E estou só novamente. Tão pequeno, frágil e ferido. O mais estranho de tudo é observar o cenário e perceber-se culpado - não é o que o ser diz, mas a forma como a vida se mostra. Expectativa demais também é fracasso.

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